domingo, 24 de fevereiro de 2013

Do the Harlem Shake!

Heeey Sickers!
Como estão? Bravos comigo, certo? Possivelmente.
Olha, eu não vou prolongar as coisas ou vou estragar o post :(, mas tudo que tenho a dizer é que eu estive envolvida em alguns problemas que tiraram por completo minha vontade e tempo para escrever. Mas agora está tudo bem e eu farei o máximo pra conciliar as histórias! 
Pra comemorar, algo estúpido HAHA: 

Heeey Sickers!
How are you all? Angry with me, right? Possibly.
Look, I'll not prolong explications or it will spoil the post: (but all I have to say is that I've been involved in some problems that took completely my time to write. But now everything is fine and I will do my best to reconcile the stories!
To celebrate, something stupid HAHA:





E lembrem-se, por mais que demorem os capítulos aparecem! :P
Beijão, obrigada a todos pela compreensão e paciência! ♥

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dita Von Teese Mask | RETEXTURE (Download) - 100 Followers Gift!

Hi Sickers!
Hoje o blog completou 100 seguidores e,como presente, eu decidi compartilhar essa retextura que fiz da máscara do Suítes de Luxo com base na que Dita Von Teese (linda ): ) fez em parceria com MOSCHINO, pra cenas da Kitty (claro!). Espero que gostem. 
Muito obrigada por seguirem, amo vocês! ♥


Hi Sickers! 
Hooray! Today the blog complete 100 followers and as a gift I decided to upload this EYE SLEEP MASK retexture. Was made for Kitty's scenes (of course, haha!) and based on the Dita Von Teese's mask for MOSCHINO. Hope you like it, guys. 
Thank you so much for follow me, love you all! ♥






                                                               


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

POSE PACK - Secret Party [Gift♥]


Oi queridões! Eu sei que estou atrasada pra chamar esse Pose Pack de "presente de fim de ano", mas eu acho que ainda posso. Recentemente fiz esse vídeo pra S.I.C.K (anunciando a segunda temporada, como a maioria de vocês sabe pelo Facebook), foi baseado no vídeo da Secret Party de Skins (obviamente! Amo esse vídeo e amo muito ♥). O Pack consiste nas poses da cena final, onde todo mundo já está de ressaca. Não é muito usual, mas acho que pode ser usada de várias formas engraçadas.


HII everyone! So... I'm late for the new year's gifts, but recently I made a video for S.I.C.K, based on the Skins Secret Party  (loooooooove that shit ♥). This poses was made for the final scene, when everybody is just... In a hangover. I don't know if it can be usual for you, but I decide to share! It's funny see Sims drunk.
Here go the video:



Não ficou como eu esperava, mas é MUITO difícil fazer uma festa no jogo, haha. Espero que gostem ou que, pelo menos, achem divertido. :)
Como podem perceber, teremos Uma Celebridade linda fazendo uma ponta na história! Lana Turner da amável amiga Paula Mattos. Dá pra crer?


Well, that's not what I expected, but it's too damn hard make a "party" in game, Haha. Hope you like it or maybe think it funny. :)
As you can see, we have a beautiful celebrity making a point in history! Lana Turner by my lovely friend Paula Mattos. Can you believe? (read her story here)


Thank you all for the visits this year | Obrigada por todas as visitas nesse ano, pessoal! ♥


Codes:
a_sp_simon
a_sp_kitty
a_sp_ingrid
a_sp_chaaz
(With Pose Player list)









terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ingrid's ZOMBIPUFF CAT Shoes | Slippers (Download)

Hey Sickers!
Fiz essas pantufas pra Ingrid usar no primeiro capítulo, maas acabou que ela estava sem sapatos! Estava dificultando as poses, haha. Mas decidi compartilhar com vocês.
É algo simples que qualquer um pode fazer, mas eu gostei do resultado. É meu primeiro upload de conteúdo do CAS, então não me julguem fortemente, ok?
Espero conseguir fazer mais do que isso em breve! Beijo, aproveitem as pantufas zumbificadas. ♥
-

Hey Sickers!
I made ​​these slippers to Ingrid wear in the first chapter and I decided to share with you.
It's something simple that anyone can do, but I liked the result. It's my first upload CAS content, so do not judge me strongly, ok?
I hope I can do more than that soon! Kiss, enjoy the ZOMBIFICATED cat slippers. ♥



                                                       

                                                           




domingo, 9 de dezembro de 2012

(Season 2) Cap. 01 - Ingrid




(AVISO: Desde o início da história eu disse que a cada capítulo eu incluiria alguns assuntos e cenas que não são próprios para menores de 18 anos. Não estão proibidos, mas estão avisados. A história é publicada sem intensões, somente por diversão, MAS é melhor me precaver. Espero que gostem!)
(WARNING: Since the beginning of story I said that each chapter I would incluse some subjects and scenes not suitable for under 18. Are not prohibited but are warned. The story is published with no intentions, just for fun, BUT it’s better to avoid me. Enjoy!)



“A verdade é que nunca pensei que isso não passasse de uma brincadeira, era previsível e essa é a pior parte porque, por mais que eu tente, não consigo despertar algo forte o suficiente para atuar no cemitério como todos – exceto a minha mãe – estavam fazendo.”




“Estive de pé ali desde que um homem grisalho e resmungão cravou a pá pela primeira vez na terra úmida. Era tão irônico estar chovendo... Os guarda-chuvas unidos as roupas formais, lágrimas, bocas curvadas para baixo e sobrancelhas piedosas só não superavam o arranjo de flores com uma frase que só pode ter sido escrita por um ornitorrinco:  A juventude horrível, mas só percebemos essa verdade quando a saudade vem junto”



Kitty hesitou em pousar a mão no ombro de Ingrid que estava perdida a ponto de só perceber sua presença minutos depois. Desejar pêsames era uma forma educada de dizer que, dessa vez, as coisas estavam realmente ruins e não há nada que se possa fazer para que melhorem, então preferiu permanecer em silêncio. 


Muitos dos familiares já estavam em suas casas colocando as roupas molhadas pela chuva na secadora enquanto pensavam “Pobre rapaz”, “Pobre Carmen” ou quem sabe até “Não demora a outra filha ir também”, familiares sempre julgam o máximo que podem.
A mãe de Chaaz fazia o mesmo papel que Kitty, segurava um guarda-chuva sobre Carmen que sozinha derramava lágrimas maternais mais do que óbvias.  Surpreendeu-se ao sentir alguns feixes de luz do sol que já estava se pondo e levando a chuva consigo.




Kitty estava sendo escoltada pelo seu pai que a esperava no portão do cemitério, assegurando que nada de ruim aconteça a sua “princesa” novamente, Ingrid aproveitou a ausência realeza para descansar um pouco as pernas e a cabeça, sentada em um banco de cimento estrategicamente escondido entre as árvores. Perguntava-se quantas irmãs sem irmãos já estiveram ali.



Ouviu passos na grama molhada, mas preferiu continuar encarando um ponto vazio qualquer para evitar diálogos, tudo que queria era estar sozinha, mas algo conspirava para que não tivesse essa oportunidade.


Sua expressão estava congelada por falta de ânimo, o que chegava a ser um ponto positivo da situação, ou poderia estar resmungando o fato de alguém ter se deslocado para  sentar no único banco que não estava completamente vazio no cemitério.




- Ingrid? – Já era a terceira vez que seu nome era pronunciado, a primeira vez veio com entonação de surpresa, a segunda um pouco constrangida e a terceira já levava tom cômico. Por fim, a figura sentada ao lado de Ingrid decidiu esperar alguns longos segundos na esperança de que não estivesse a confundindo com outra pessoa.



Assim que o cérebro de Ingrid processou e reconheceu a voz, virou-se devagar enquanto tentava acreditar do sorriso que via.

- Mark?
- Ingrid! – Pronunciou pela quarta vez, agora completamente cômico – Caramba! Eu passei o maior aperto da minha vida agora achando que tinha te confundido, seu cabelo está diferente...



E estava mesmo. Ingrid teve um flash do dia anterior em que fora arrastada de sua casa (literalmente), até o salão de beleza. Kitty não havia dito nenhuma palavra além de “Você precisa arrumar o cabelo”, a sentou na cadeira e fez sinal para que seu cabelereiro fizesse o que achasse necessário.  Só aceitou tudo aquilo porque percebeu que Kitty também estava diferente e porque não conseguia se lembrar da última vez que mudou o corte de cabelo sozinha.




Enquanto devaneava, Mark constrangia-se um pouco mais pelo silêncio.

- Ahn... O que faz aqui, Mark? – Encurtou por nervosismo.
- Sabe como é... Um tio meu faleceu, eu nem o conhecia, mas a minha família não me dá trégua, tive que viajar pra poder estar presente e dizer que sinto muito. Mas e você? Está bem? O que houve?
Mark era educado o suficiente para fazer esse assunto parecer normal. Ingrid abriu a boca duas ou três vezes tentando contar a ele sobre Aron, mas acabou considerando como desnecessário. Abaixou a cabeça esperando que ele entendesse.



- Vai ficar tudo bem, ok? – E ele havia entendido. Por mais que sua frase soasse como um clichê, Ingrid não conseguiu segurar os cantos da boca para que não formassem um sorrido, ainda mais indiscreto depois de sentir o braço de Mark em seu ombro. Pelo menos havia se recuperado do transe em que se encontrava desde que viu a lápide de Aron, decidiu então aproveitar o abraço e o silêncio por algum tempo.




Não se pode negar que um cemitério é um dos lugares mais calmos que se pode encontrar por aí, Ingrid havia passado mais tempo do que esperava por lá e agora só queria estar embaixo das cobertas até quando tivesse vontade.
Seus planos foram massacrados assim que abriu porta e encontrou a criatura mais falante e agitada que conhecia sentada a beira da cama.



- Estava transando com algum dos coveiros do cemitério atrás de alguma cova? Não sabia que gostava desse tipo de coisa. – Kitty preferiu ser a mesma de sempre a dizer “Oi”, havia passado em casa para pegar uma bolsa com pijamas, pipoca de microondas e afins, pretendi a se redimir ao seu jeito. Encontrou Carmen – mãe de Ingrid – na porta, a mesma não disse nada, só sinalizou para que subisse, estava dislexia a ponto de não perceber que Ingrid não estava em casa ainda. Kitty esteve ali por cerca de uma hora e meia, olhando um velho álbum de fotografias da câmera Polaroid que deu de presente pra Ingrid no seu 15º aniversário.



Ingrid pensou em diversas respostas, mas preferiu continuar em silêncio. Conhecia Kitty, sabia o que ela estava pretendendo desde que a  levou ao cabeleireiro. Sabia que ela estava preocupada. A encarou com um meio sorriso que pode ter surgido por orgulho, alguma delas se renderia cedo ou tarde e pediria desculpas, percebeu que havia ganhado. Ingrid sempre gostou de ganhar.



- Não vai dizer nada?
- Kitty... Você não tem noções de inconveniência?
- Eu não estou sendo inconveniente! Seria se não tivesse trago a pipoca.
- Uma noite do pijama? Hoje? Nessa situação?



A chuva havia voltado a cair, Kitty resmungou algumas palavras em tom inaudível e abaixou a cabeça. Os bastidores das janelas do quarto tremeram um pouco com o eco das trovoadas, a chuva insistiria até de manhã.
Kitty avançou dois passos e circulou Ingrid com os braços, era o sinal de bandeira branca. Havia desistido de ser orgulhosa, era idiota tentar ser em um momento como aquele.




- Não seja estúpida. Você precisa de alguém agora, eu sei que também quer acabar logo com isso e esclarecer as coisas. Ser orgulhosa agora não vai adiantar... Aliás, você nem tem motivos pra me odiar tanto, Ingrid. Foi você que duvidou de mim e não eu que traí (...)




- (...) Por favor, não peço isso só por perceber que você precisa de mim, eu também preciso muito de você. Não sei mais o que fazer ou como me sentir. Não se afaste, você é uma irmã pra mim. – As palavras saíram em tom ameno, mas com certa dificuldade. Pareciam ensaiadas e deviam ser. Kitty se preparou muito pra desistir. Era difícil, mas ela realmente precisava de Ingrid e vice e versa.
Ingrid apenas assentiu com a cabeça, fitando o álbum jogado a cama.



Decidiu que tomaria um merecido banho antes de qualquer coisa. Enquanto esteve na banheira, xingou todos os palavrões que pode. Em voz baixa para que ninguém escutasse, mas era certo que, se alguém estivesse por perto, escutaria os ruídos de tubos de shampoo e afins sendo arremessados as paredes.
Ingrid se via ferida de alguma forma pela morte de Aron, mas jamais seria capaz de entender e explicar o que sentia.




Kitty esperou mais alguns bons minutos, verificando seu celular, a janela, o computador, a janela, seu celular, o computador, a janela... Completamente entediada e aflita. Era assim que estava passando seus últimos dias.
Ingrid voltou ao quarto, sentou-se na cama com Kitty e suspirou profundo duas ou três vezes.


- Então... O que quer fazer na sua festa do pijama, Katherine?



- Primeiro você poderia me contar o que aconteceu no cemitério para que demorasse tanto. Que tal?
- Ahn... – Ingrid suspirou querendo muito evitar aquela conversa, mas no fundo queria contar – Eu encontrei uma pessoa e ficamos conversando. Mark.
- Mark...? – Kitty ponderou um pouco antes de lembrar subtamente de quem e tratava – Mark! – Berrou – Não, peraí... Isso é sério mesmo? O que ele faz aqui... ? O que ele fazia em um cemitério?
- Kitty, parentes de outras pessoas morrem também. E não faça escandalo, é só o Mark.




- Eu poderia perguntar se você foi grossa e mal educada com ele... Mas acho que não gastaria esse tempo todo acabando com a raça dele verbalmente. Ou gastaria? –Debochou.
- O que ser dizer com isso, sua maldita?
- Vai Ingrid, sem enrolação. O que aconteceu?
- Nada além de conversa sobre mortos. – Ingrid não estava percebendo, mas estava sendo fria quanto a Aron. Talvez ela não estivesse mesmo sentindo falta de seu irmão que nunca foi próximo ou amigável.  Algo triste, mas inegável assim como o que sentia por Mark.
- Eu sinceramente não entendo porque você o trata diferente das outras pessoas. Ele é um filho da puta, Ingrid. Sério mesmo.
- Ele é, você é, todo mundo é. Mas isso não apaga o tempo que estive com ele, infelizmente. Aliás, Kitty, de “filhos da puta” você entende, né? Afinal de contas... Quem era aquele cara?




Antes que alguma resposta pudesse surgir, um trovão afrouxou os parafusos das janelas do quarto.

- Ai meu Deus! – Expressou enquanto se arrepiava e levava uma das mãos a boca. Kitty morria de medo de tempestades, morria mesmo.
- Já entendi porque você veio dormir aqui, bebê chorona.
- ... Será que vai continuar?

Ingrid deu de ombros, como poderia saber? Acabaram desviando da conversa. Na verdade nenhuma das duas queria falar sobre, isso poderia levar a falar sobre alguém no qual todos eles estavam preocupados demais para se quer citar o nome.




Ingrid colocou-se de pé na cama com um suspiro fundo. Observou Kitty que fitava um ponto fixo qualquer, ainda com medo da chuva.

- O que está fazendo?
- Fique de pé.




Assim que Kitty se levantou  reclamando o porquê do pedido, pode sentir até o cheiro do amaciante do travesseiro que Ingrid depositou em seu rosto. Quase caiu da cama pelo susto, desequilibrou-se e olhou assustada enquanto procurava outro travesseiro para revidar.




E revidou mesmo, bateu diversas vezes no traseiro de Ingrid. Kitty era mais alta, bem mais alta, mas também era extremamente magra, não tinha força para tal, o que fez Ingrid sorrir com humor, algo que não fazia a bastante tempo. 



A cada segundo divertido e a cada sorriso, Kitty se pegava imaginando onde Simon estaria agora, como estaria e se tudo isso era justo. O mesmo para Chaaz, que apareceu no cemitério pela tarde, mas não disse nada. Todos possuíam uma parcela de culpa em diferentes níveis, mas no fim só um deles estava pagando por isso. 




Cansadas de agir como adolescentes, acabaram vencidas pelo cansaço. Ingrid ocupava boa parte da cama de solteiro sem se preocupar enquanto Kitty se encolhia no outro canto, ainda com medo dos trovões que insistiam.




- Ingrid? Está acordada? – Perguntou sussurrando para o caso dela estar realmente dormindo, ninguém gostava de acordar Ingrid, seu mal humor não era tolerável nesses momentos.
- Não. – Ironizou.
- ... Você acha que ele está bem?
- Sinceramente? Não.
- Ele vai ficar bem?
- Se está preocupada, deveria fazer alguma coisa. Boa noite, Kitty.
- Boa noite... Chata.



É claro que Carmen não pode dormir naquela noite, tentou se confortar com alguns calmantes, mas não funcionaram. Esteve na cozinha o tempo todo e mal percebeu o tempo passar. Já estava conformada de certa forma, já vinha se preparando para algo terrível desde que desistiu de disciplinar Aron.




- Mãe? – Ingrid chamou já imaginando que não haveria uma resposta.


O café esfriava sobre a mesa e Carmen parecia estar bastante entretida com a fumaça que o mesmo soltava


Os olhos fundos, o rosto marcado pelas mercas das lágrimas, o cabelo amassado, os lábios secos... Todos os aspectos do luto, mas Ingrid só conseguiu observar o colar dourado no pescoço de sua mãe. Estava feliz por vê-lo ali.



Kitty percebeu que o clima na cozinha não estava dos melhores. Tirou Ingrid de sua linha de pensamentos com um toque no ombro e a chamou pra subir e trocar de roupa, alegou que tinha algo em mente para fazerem a tarde.




Como se não bastasse ter que carregar a culpa de ter o melhor amigo enjaulado quando deveria estar em seu lugar, Chaaz ainda tinha que trabalhar. A chuva insistiu durante a noite e agora chiava pela manhã.




Ao chegar, estranhou não receber um abraço melado de Dona Constança que estava ajeitando as cadeiras, dispersa, sem a alegria que costumava ter.

- Bom dia, Dona Constança... Tudo bem?




- Bom dia, criança. – Respondeu de forma doce, diferente do que costumava também. Constança estava sempre animada, fazendo piadas e brincadeiras mas, naquela manhã, seu sorriso pareceu “sincero” – Estou bem, querido. E você? Está bem?




- Uhum... Por onde começo?
- Chaaz, meu pequeno, eu sinto muito mas hoje você não vai poder começar...
- O que!?
- É triste ter que tomar essa decisão, mas encontrei alguns problemas essa manhã... As pessoas são maldosas, Chaaz. Essa cidade é grande, mas os fatos se dissipam como na minha antiga cidade, lá na zona rural. Sinto que essa população de cabeça pequena vai deixar de frequentar o Sallon’s pelo ocorrido de outro dia, minha família tem tradição e, infelizmente, não decidi isso sozinha. Saiba que se fosse uma decisão só minha, você ficaria aqui comigo, foi o melhor e mais bonito cowboy que tive.




Chaaz pensou em argumentos, mas nenhum deles chegaria perto de bater os de Constança. Ela era uma boa mulher afinal... Na verdade Chaaz sempre soube disso e perder o emprego o fez chegar a um ápice de mau humor não expressado, inverteu um pouco mais o sorriso que, naturalmente, já era ralo.




- Não faça isso com uma essa pobre senhora... – Constança o abraçou em uma ação rápida assim que viu a expressão do garoto se desfazer por completo – Você vai conseguir muitos empregos melhores que esse você é um menino esperto.

Chaaz não disse mais nada sobre, só se despediu com um “tchau” que quase não saiu de sua boca.




Saiu do Sallon’s, mas decidiu fazer hora, ir pra casa agora era sinônimo de morte instantânea por alguém que o chama de “bebê”, mas age bem rigidamente para ser chamada de carinhosa.
Sentou em um adorno do estabelecimento, uma cela de cavalo exposta em um cavalete, para beber o seu último pagamento: Uma cerveja. Sentiu algumas gostas mais grossas no ombro, era a chuva piorando mais uma vez.


- Chester? – A voz o atraiu para fora da imaginação, justamente quando estava ensaiando mentalmente sobre como contar a sua mãe sobre a demissão.  – O que faz aí na chuva?
- Ahn... Nem esta chovendo tanto, acabei de sentar aqui e começou... – Respondeu sem atenção




- Não deveria estar aí, vai pegar um resfriado... Aliás, você não está no seu horário de serviço? Estou aqui pra uma entrevista de emprego, pensei que trabalharíamos juntos. Seria ótimo se pudesse me dar umas dicas de como escapar do uniforme de cowboy... Ou cowgirl.




Chaaz não entendeu todas as frases ditas, estava disperso e não conseguia tirar uma pergunta da cabeça.

- Desculpa, mas... Eu conheço você?




Não foi a intenção de Chaaz ofendê-la ou coisa do tipo, mas Lisa não conseguiu disfarçar o quanto a pergunta a deixou sem graça.

- Ahn... –Ponderou pensando se realmente valia a pena responder – Conhece sim, sou prima do Simon... Lisa.




- Ahn... Você. – Chaaz não sabia mesmo agir com mulheres, não era sua culpa mas estava sendo realmente rude. Lembrou-se de ter visto Lisa em algumas das visitas que fez a Simon, ela estava sempre por lá.
- Bem eu... Vou entrar. Espero que não fique resfriado. – Na verdade ela esperava que ele ficasse sim, bem resfriado e de cama.




Chaaz finalmente percebeu que havia dito algo errado, mas nem conseguia lembrar de toda a conversa, estava aflito demais para fazer algo que considerava difícil: conversar com garotas. Geralmente ficava mais nervoso quando esta era bonita, por sua sorte Lisa não fazia o seu tipo. 



Martha fazia a sua leitura diária, na hora correta, com a iluminação correta e ao clima agradável com ajuda da lareira. Prestava atenção nas linhas, mas ouviu o ruído da porta da frente.



Chaaz tinha que passar pela sala, para subir as escadas e ir para o quarto. Sabia que encontraria sua sistemática mãe ali e por isso seus passos eram largos e seu pulso um pouco mais acelerado
.
- Sente-se, querido... Está frio. Aproveite que acendi a lareira. – Intimou de forma clássica.




Chaaz obedeceu e ficou a observá-la, esperando pelo inevitável. Ela leu mais 10 ou 11 linhas antes de dizer alguma coisa, tudo que se ouvia era o barulho da chuva na janela e o estalar da lenha. Situação mais irritante, impossível.

- O que faz em casa, bebê?




- Despedido. – Chaaz perdeu a paciência e decidiu logo acabar com aquilo. Pensando bem, ele não se considerava mais tão criança e dependente assim. Alguns acontecimentos recentes o forçaram a amadurecer um pouco.


Martha fechou o livro com cuidado e o pousou no braço do sofá, assim que finalmente encarou Chaaz, riu sem humor.

- Eu sabia que isso aconteceria, conheço a família de Constança a muitos e muitos anos... Sei de seus costumes. – Suspirou.





- Que isso sirva de lição... – E o sermão fora iniciado – Para que aprenda a andar com pessoas mais dignas, Chaaz. Eu realmente considero o Simon um filho meu. Vocês cresceram juntos... Mas não na mesma casa! Quero que você rume pra novos caminhos agora, meu filho, de verdade. Vai arrumar um novo emprego e um novo núcleo de amizades.  Eu sabia que, cedo ou tarde, aconteceria algo ruim. – Martha não conseguiu segurar e disparou tudo que estava preso a um tempo – Você acha que eu mereço mesmo escutar aquela baixaria no andar de cima, Chester? E eu que pensava que Katharine era uma boa menina... Bom, de qualquer forma eu bem acho que Simon não vai mais querer papo com você, certo?




-... Porque você sempre tira suas conclusões e crê imediatamente que está certa, mãe? Você não tem ideia do que está acontecendo, ok? Não fale assim da Katharine... E não me peça pra me afastar dela mais do que já estou, muito menos do Simon. Se você soubesse o quanto eles  me ajudaram enquanto você estava com a cara enfiada em algum livro, fingindo que estava tudo bem... Estaria calada agora.

Chaaz nunca, em toda sua vida, havia respondido sua mãe de tal forma. Agiu como o “homem protetor da casa” desde que seu pai a abandonou por ser tão simétrica.




- Bebê... – Martha não conseguiu continuar o que estava planejado. Encurtou a conversa e voltou a atenção para seu livro, ou pelo menos fingiu que voltou. Sentiu-se um pouco esmagado, o que fez uma lágrima teimar contra suas pálpebras. 




Por fim, Chaaz decidiu subir. Quando imaginou que ela poderia estar chorando sozinha na sala, quase se arrependeu de ter dito tudo aquilo... Mas lembrou-se de que não poderia aceitar estar longe das únicas pessoas que conhecia.




Pegou o celular e rolou a barra de contato cerca de quinze vezes. O outro lado da linha demorou a atender, quando já havia retirado o fone do ouvido, pensou ter ouvido um “alô” e voltou subitamente o aparelho para a orelha.

- Kitty?
- Sim, Chaaz. Sou eu. Está tudo bem?
- Está, eu... Queria saber se aquele combinado está de pé.
- Bem lembrado, estou com a Ingrid. Vou contar a ela, ver o que ela acha. – Chaaz pode ouvir um “Contar o que, vadia?” do outro lado. Sentiu saudade de estar com as duas em harmonia.
- Então tudo bem... Boa noite.
- Fica bem, Chaaz. Se se sentir sozinho nos procure, ok?




Foi uma das únicas noites em que dormiu se sentindo bem, tranquilo consigo mesmo. Ouvir que poderia contar com alguém era o suficiente para Chaaz, na voz de Kitty era melhor ainda.




O combinado? Bom, o trio não parecia estar muito abalado com a ida a prisão  a ponto de não voltar lá para uma visita. O problema é que naquela semana não poderiam, os parentes próximos de Simon as fariam e só era permitido uma pessoa por vez. Na semana seguinte, lá estavam eles, de manhã bem cedo para que chegassem antes da mãe de Simon... O que era uma loucura, é claro.

- Muito bem, só um de nós pode entrar lá segundo aquele tio ali. – Afirmou Ingrid após contornar o vidro que os separava da sala de visitas.




- Tesoura! – Jogou Ingrid.
- Ahn... Papel! – Chaaz.
- Pedra. – E Kitty.

Decidir aquilo em um jogo como esses não parecia sensato, mas não havia outro jeito. Apostaram todos juntos, mas em sequência, da esquerda para a direita. O papel de Chaaz foi cortado pela tesoura de Ingrid que foi massacrada pela pedra de Kitty. É óbvio que havia sido meio combinado, mas Kitty não percebeu.




- Merda! – Sussurrou Kitty ao perceber que seria ela a única a encarar Simon depois de tudo. Depois de uma semana detento por sua causa.
- Oh! Mas que conhecidencia! – Ingrid alfinetou – Vai lá e confere se ele está bem pra gente, ok?
- Diga que ele não vai ficar por muito tempo, ok? Estaremos te vendo daqui, não se preocupe. – Finalizou Chaaz.




Assim que entrou, Kitty rodeou o lugar com um giro de olhos, mas não encontrou outros detentos. Somente um estava sentado em uma mesa perto das janelas. Era realmente muito cedo para estarem ali. O guarda abriu o portão que rangeu em eco quando foi fechado.


- Oi. – Sentou-se com um suspiro que parecia ter vindo do fundo de sua alma. Não conseguiu tirar os olhos de Simon enquanto não reparou em tudo que estava diferente.





Sua barba não estava feita como sempre – Simon costumava dizer que parecia um prisioneiro quando barbado, tamanha ironia... -, seu cabelo desgrenhado e maior do que o que naturalmente costumava deixar. Bonito, Simon estava bonito aos olhos de Kitty... Mesmo que todos os aspectos resistissem ao contrário. Havia algo que a fazia achar isso.

- Eaí? – Forçando para parecer irrelevante, Simon fez sua saudação sem graça.



 - Você está bem, Simon? Estamos preocupados com você. – Kitty parecia um robô ao citar suas frases. Segurava seus joelhos por baixo da mesa, estavam trêmulos... Maldito jogo de pedra, papel e tesoura.
- Eu me viro em qualquer lugar, pelo menos ainda não apanhei. Nem rolou nada daquelas outras coisas que costumam fazer com quem violenta uma garotinha indefesa e ainda agride outra garotinha com uma garrafada na cara. Ambas loiras aguadas. – A incrível capacidade de Simon fazer piadas em momentos tensos irritava Kitty, mas não ali, ela o ignorou.






- Trouxe isso pra você. – Kitty retirou um maço de cigarros amarelos do bolso e colocou sobre a mesa de metal, retirando um no qual pretendia dividir – Deve estar precisando.



 - E estou mesmo... Pode acender pra mim? Fica meio difícil fazer as coisas com isso nos meus pulsos. – Mostrou o par de algemas.
- Claro.



Kitty riscou o isqueiro várias vezes até conseguir uma chama. Estava realmente nervosa ou seria culpa da incerteza sobre pode ou não fumar ali?
- Está tudo bem com a Ingrid e a mãe dela?
- Na medida do possível. Estou tentando ajudar.
- Vocês pararam de se atracar?
- Sim.




Kitty tragou o cigarro de forma que grande parte do mesmo fosse para dentro de seus pulmões em forma de fumaça. Sempre uma boa forma de acalmar as pessoas. O entregou as mãos sedentas e algemas de Simon.



 - Preciso sair daqui. – Confessou.
- Você vai sair, Simon. Já está quase tudo certo...
- Vou me ferrar da mesma forma em casa, não vou?
- É bem provável que sim... Pelo porte de drogas. O que estava pensando andando com tudo aquilo?
- Não venha colocar jogar culpa em mim, Katharine.



Kitty debruçou-se na mesa, apoiando a bochecha amassada em uma das mãos. Suspirou fundo e procurou dentro de si a coragem para, enfim, retirar todas as dúvidas de Simon.

- Sabe eu... Você está errado sobre algumas coisas. Por mais que eu tenha te odiado por alguns dias, eu não faria o que você pensa que fiz (...)




- (...) Eu estava saturada, Simon. Não aguentava mais algumas pressões psicológicas e elas não vinham só de você... Eu tenho os meus planos com o futuro e não conseguia te incluir neles. Tenho consideração pela nossa amizade acima de tudo e não te traí (...)




- (...) Eu não fazia ideia de que o Rupert... O garoto loiro... Era esse tipo de pessoa, eu não o conheço a muito tempo. Estou assustada a ponto de não conseguir pisar fora de casa sozinha, não sei se consigo passar por isso denovo. (...)




- (...) Eu só queria que tudo voltasse a ser como era, sabe? Nós quatro e aquele boteco da esquina, nessa cidade... Nesse país. Desde que pediu pra namorar comigo eu soube que um dia estragaríamos tudo. (...)




- (...) Aprecio o que fez pelo Chaaz. Foi uma atitude de bom amigo... Mesmo que depois que... Depois que... Ok, por isso eu só posso pedir desculpas mesmo. Não há o que falar.




- Ahn... Simon? Simon! – Kitty havia percebido certo nível de desatenção vinda de Simon. Estava colocando para fora tudo aquilo que o orgulho não permitia sair e não recebia respostas... E as expressões que recebia não eram compatíveis.



- Hun? – Simon deu um salto na cadeira, chacoalhando as algemas, ao perceber que perdeu grande parte da conversa perdido na sua... Imaginação fértil. – Mas o que diabos...? – Perguntou a si mesmo.
- Você ouviu tudo que eu disse, não ouviu!?
- Ouvi, ouvi sim. Tudo.



- Kitty... Eu não quero saber o que você fez e deixou de fazer, isso não importa mais. Não tenho rancor, raiva ou nada do tipo, baby. Relaxa aí... – Simon conseguiu unir algumas frases que ouviu e fez um resumo. Realmente não se importava com nada, mas o jeito de se expressar foi errado, havia esquecido de dizer o quanto ele a queria de volta, lembrava-se dos dias em que estiveram juntos e em harmonia... Foram poucos, mas, para ele, o suficiente para ter algumas certezas.




- Tempo esgotado, loirinha. – A voz do guarda atrás de Kitty a assustou, estava imersa a tensão de ter despejado tantas lamúrias e, em troca, ter ouvido uma frase vaga como aquela. Realmente possuíam uma falha de comunicação forte, que os separava desde o tempo em que estavam realmente juntos.




Kitty despediu-se sem muitas palavras, levantou rapidamente e seguiu o guarda nos passos mais largos que pode. Assim que escutou o arraste da cadeira de Simon no chão, voltou-se para sua direção, agarrando-se nas grades da divisão sala de visitas. Não estava triste por conseguir a separação que ela mesma procurou, mas era vago demais pra aceitar sem, pelo menos, um choro engolido ali mesmo.




- Você acha que eles voltarão a namorar quando o Simon sair, In? – Chaaz observou a cena, mas não escutou. Estava encostado no vidro, atento a qualquer movimento sem nem saber o motivo da preocupação. 



 - É o mínimo que podem fazer por eles mesmos, Chaaz. Se não voltarem... Sinceramente, serei obrigada a quebrar a cara dos dois.

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Woooooo! Não acredito que estou terminando um post... Sério. Sim, eu voltei! S.I.C.K voltou! Tudo voltou! Chega de faculdade, estou formada. |o| Prometo não atrasar a segunda temporada, ok? Espero que continuem gostando. Deixem seus comentários, contem-me tudo. Beijo!Estava com saudades!
Woooooo! I can't believe I'm finishing up a post ... Seriously. Yes, I'm back! S.I.C.K back! It's back! Enough university, I finished this. |o| I promise not to delay the second season, ok? I hope you continue enjoying it. Leave your comments, tell me everything. Thank you SO much who read my history in another language, this makes me very happy! Kiss!